Friday, January 26, 2007

UM POETA DA ESPANHA

MANUAL PARA SALVAR EL ODIO

Rodolfo Serrano

Cuando ella o él te dejen, no perdones,
niégate a conprenderlo.
Cultiva bien tu ódio, nunca seas
generoso en palabras o en olvido.

Cuando ella o él te dejen, nunca digas
adiós, o que vamos a hacerle.
Maldice cada letra de su nombre.
Y júrale odio eterno mirándole a los ojos.

Cuando ella o él te dejen, nunca creas
ni justificaciones ni promesas
y busca las palabras más hirientes
el insulto más infame que conozcas.

Cuando ella o él te dejen, nunca juegues
a ser Rick perdido em Casablanca.
Provoca llanto, dolor, remordimientos
y que el adiós te corte igual que una cuchilla.

Porque cuando ella o él te dejan, habrá alguien
tarde o temprano esperando en otra esquina
y volverán a gozar en otros brazos
y dirán “te amo”. Y “vem, dámelo todo ».

Y olvidarán. Para que, entonces,
mentir? Que ella o él se lleven
-aunque dure bien poco-nuestro odio
igual que una bandera. Para siempre.


Manual para salvar o ódio

Quando ela ou ele te deixar, não perdoes
Nega-te a compreendê-lo.
Cultiva bem teu ódio, nunca sejas
generoso nas palavras ou no esquecimento.

Quando ela ou ele te deixar, nunca digas
adeus, ou o que vamos fazer.
Maldiz cada letra de seu nome.
E jura-lhe ódio eterno olhando-o nos olhos.

Quando ela ou ele te deixar, nunca creias
nas justificativas nem nas promessas
e procura as palavras mais ferinas
o insulto mais infame que conheças.

Quando ela ou ele te deixar, nunca julgues
ser Rick perdido em Casablanca.
Provoca pranto, dor, remorsos
e que o adeus te corte feito uma lâmina.

Porque quando ela ou ele te deixar haverá alguém,
mais cedo ou mais tarde, esperando em outra esquina
e eles voltarão a gozar em outros braços
e dirão “te amo. E “vem me dar tudo”.

E vão se esquecer. Para que então,
mentir? Que ela ou ele levem consigo
- mesmo que dure bem pouco-nosso ódio
igual a uma bandeira. Para sempre.

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