ANÁLISIS TARDÍO
(Fin de los años sesenta) ou, como tudo é sempre igual, pode ser também do Século XXI
Pier Paolo Pasolini
Sé bien, sé bien que estoy en el fondo de la fosa;
(Fin de los años sesenta) ou, como tudo é sempre igual, pode ser também do Século XXI
Pier Paolo Pasolini
Sé bien, sé bien que estoy en el fondo de la fosa;
que todo aquello que toco ya lo he tocado;
que soy prisionero de un interés indecente;
que cada convalecencia es una recaída;
que las aguas están estancadas y todo tiene sabor a viejo;
que también el humorismo forma parte del bloque inamovible;
que no hago otra cosa que reducir lo nuevo a lo antiguo;
que no intento todavía reconocer quién soy;
que he perdido hasta la antigua paciencia de orfebre;
que la vejez hace resaltar por impaciencia sólo las miserias;
que no saldré nunca de aquí por más que sonría;
que doy vueltas de un lado a otro por la tierra como una bestia enjaulada;
que de tantas cuerdas que tengo he terminado por tirar de una sola;
que me gusta embarrarme porque el barro es materia pobre y por lo tanto pura;
que adoro la luz sólo si no ofrece esperanza.
Versión de Hugo Beccacece
Análise tardia
(Fim dos anos sessenta)
Sei bem que estou no fundo da fossa;
Que tudo aquilo que toco já foi tocado.
Que sou prisioneiro de desejos indecentes;
Que cada convalescência é uma recaída;
Que as águas estão estancadas e tudo tem sabor antigo;
Que também o humorismo forma parte do bloco inamovivel;
Que não faço outra coisa senão reduzir o novo ao antigo;
Que não tento senão reconhecer quem sou
Que já perdi até a antiga paciência de Jô;
Que a velhice me faz ressaltar, por impaciência, somente as misérias;
Que não sairei nunca daqui por mais que sorria;
Que dou voltas de um lado a outro pela terra como uma fera enjaulada;
Que, de tantas cordas que tenho, terminei por me prender numa só.
Que gosto de me enlamear porque o barro é matéria pobre e, portanto, pura;
Que adoro a luz somente se não oferece nenhuma esperança.
Análise tardia
(Fim dos anos sessenta)
Sei bem que estou no fundo da fossa;
Que tudo aquilo que toco já foi tocado.
Que sou prisioneiro de desejos indecentes;
Que cada convalescência é uma recaída;
Que as águas estão estancadas e tudo tem sabor antigo;
Que também o humorismo forma parte do bloco inamovivel;
Que não faço outra coisa senão reduzir o novo ao antigo;
Que não tento senão reconhecer quem sou
Que já perdi até a antiga paciência de Jô;
Que a velhice me faz ressaltar, por impaciência, somente as misérias;
Que não sairei nunca daqui por mais que sorria;
Que dou voltas de um lado a outro pela terra como uma fera enjaulada;
Que, de tantas cordas que tenho, terminei por me prender numa só.
Que gosto de me enlamear porque o barro é matéria pobre e, portanto, pura;
Que adoro a luz somente se não oferece nenhuma esperança.
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