Saturday, February 07, 2009

GUILLÉN



Vaso de agua

Jorge Guillén

No es mi sed, no son mis labios
Quienes se placen en esa
Frescura, ni con resabios
De museo se embelesa
Mi visión de tal aplomo:
Líquido volumen como
Cristal que fuese aun más terso.
Vista y fe son a la vez
Quienes te ven, sencillez
Última del universo.

Copo de água

Não é minha sede, não são meus lábios
Que se comprazem neste
Frescor, nem com ressaibos
De museu se embeleza
Minha visão de tal aprumo:
Líquido volume como
Cristal que fosse e ainda mais terso,
Vista e fé de uma só vez
De quem te vem, sensibilidade
Última do universo.

Ilustração: http://www.dearte.com.br/dearte/acervo/obras/12-Fang-vaso%20na%20janela-133%5B1%5D.180serigrafia-50x70cm.jpg

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