Saturday, February 14, 2009

UMA POESIA DE RITA DOVE



EXIT

Rita Dove

Just when hope withers, the visa is granted.
The door opens to a street like in the movies,
clean of people, of cats; except it is your street
you are leaving. A visa has been granted,
"provisionally"-a fretful word.
The windows you have closed behind
you are turning pink, doing what they do
every dawn. Here it's gray. The door
to the taxicab waits. This suitcase,
the saddest object in the world.
Well, the world's open. And now through
the windshield the sky begins to blush
as you did when your mother told you
what it took to be a woman in this life.

SAÍDA

Justo quando a esperança chega ao lombo, o visto é concedido.
A porta abre para uma rua, como nos filmes,
limpas de pessoas, de gatos, exceto se é sua rua
que está deixando. O visto foi concedido,
"provisoriamente"-uma palavra aflitiva.
As janelas que você havia fechado atrás
você abre em rosa, fazendo o que fazem
todo amanhecer. Aqui é cinza. A porta
para o táxi espera. Esta mala,
o objeto mais triste do mundo.
Bem, o mundo é aberto. E agora, através do
o pára-brisas o céu começa a corar
como você fez quando sua mãe lhe disse
aquilo que teve de ser como mulher na vida.

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