Friday, March 31, 2023

Outra poesia de Li-Young Lee

 


NOCTURNE

Li-Young Lee

That scraping of iron on iron when the wind

rises, what is it? Something the wind won’t

quit with, but drags back and forth.

Sometimes faint, far, then suddenly, close, just

beyond the screened door, as if someone there

squats in the dark honing his wares against

my threshold. Half steel wire, half metal wing,

nothing and anything might make this noise

of saws and rasps, a creaking and groaning

of bone-growth, or body-death, marriages of rust,

or ore abraded. Tonight, something bows

that should not bend. Something stiffens that should

slide. Something, loose and not right,

rakes or forges itself all night.

NOTURNO

Este raspar do ferro contra o ferro quando o vento

sobe, o que é? Alguma coisa que o vento não vai

levar, mas que arrasta para frente e para trás.

Algumas vezes fraco, longe, então de repente, perto, só

além da porta telada, como se alguém ali

se agachasse no escuro melhorando seus produtos contra

meu limiar. Meio fio de aço, meio asa de metal,

nada e alguma coisa pode fazer este barulho

de serras e limas, um rangido e um gemido

de osso crescendo, ou a morte do corpo, casamentos de ferrugem,

ou minério abrasivo. Esta noite, alguma coisa se curva

que não deve se dobrar. Alguma coisa endurece que deveria

deslizar. Alguma coisa, solta e não certa,

rasteja ou se forja por toda a noite.

Ilustração: Submarino. 

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