Sunday, March 05, 2023

Uma poesia de Maxine Scates

 


LOOK

Maxine Scates

The dead are breathing inside me now,

 

everything slowing to the pace of the newt

crawling across the bricks, the old cat watching,

 

the newt too slow for even him

as the crack in the earth opens and the roots

 

rise up to trip me. Fire lives in me

and the fear of fire, plague and the fear

 

of plague, death and the fear of death

though only it will silence me. I remember

 

the abandoned freight cars

standing on unused tracks, doors open.

 

I saw through them to the stubbled fields

beyond. The owl sitting on its fencepost late

 

in the day, the creek and its flowing,

the pied horse in its pasture-I was afraid

 

I’d lose them. If I could only do just this,

the long days filled, me longing, in pursuit

 

of something exquisite that eludes me, always

clumsy, never knowing the manners

 

of the place I have entered.

 

O OLHAR

Os mortos estão respirando dentro de mim agora,

 

todas as coisas suavemente ao ritmo da salamandra

rastejando pelos tijolos, o velho gato observando,

 

a salamandra é lenta demais até para ele

como a fenda na terra se abre e as raízes

 

levantam-se para me derrubar. O fogo vive em mim

e o medo do fogo, da peste e o medo

 

da peste, da morte e do medo da morte

embora apenas isso vá me silenciar. Eu lembro

 

os vagões abandonados

parado em trilhos não usados, portas abertas.

 

Eu vi através deles a barba por fazer os campos

além. A coruja sentada em sua cerca tarde

 

durante o dia, o riacho e seu fluxo,

o cavalo malhado em seu pasto - eu estava com medo

 

eu os perderia. Se eu pudesse fazer apenas isso,

os longos dias cheios, meus anseios em busca

 

de alguma coisa diferente que me escapa, sempre

desajeitado, nunca conhecendo as boas maneiras

 

do lugar onde entrei.

Ilustração: Instituto Brasileiro de Coaching.

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