Esfinge
Giovanni
Quessep
Feliz tú que no miras
los ojos de la Esfinge,
y no ves que es azul el laberinto
de su arena; terrible
conocimiento de una vida amarga
el que nos dan los últimos jardines.
Feliz tú que no sabes
quién teje la ilusión de tus tapices,
ni quién es la hilandera de tus días,
vendimiadora que da un vino triste.
Cantas tu himno, loco de esperanza,
y no sabes si mueres o si vives.
Esfinge
Feliz tu que não olhas
os olhos da Esfinge,
e não vês que é azul o labirinto
de sua areia; terrível
conhecimento de uma vida amarga
o que nos dão os últimos jardins.
Feliz tu que não sabes
quem tece a ilusão de teus tapetes,
nem quem é a
fiandeira de teus dias,
a colhedora de uva de um vinho triste.
Cantas teu hino, louca de esperança,
e não sabes se morres ou se vives.
Ilustração: cultura.culturamix.com
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