Embora de prismas diferentes compartilho uma poesia de José Luis Garcia Herrera que usa um tema caro aos poetas, inclusive que também já utilizei como podem ver abaixo:
En el juego de la vida
José
Luis García Herrera
En
el juego de la vida, ausente de mí,
los
dados tiemblan en mi mano.
Cualquier
número, no importa,
caerá
del lado de la muerte.
Ésta
es la suerte, hoy,
y
siempre que la tarde anuncia
el
final del día y ya queda, lejanos,
los
gritos de los niños
en
el patio, el mar de los tejados,
los
amaneceres del verano,
los
pasos en la grava, regresando
siempre,
siempre,
hacia
este juego sin luz
que
ya termina.
No jogo da vida
No
jogo da vida, longe de mim,
os
dados tremem na minha mão.
Qualquer
número, não importa,
cairá
do lado da morte.
Esta
é a sorte, hoje,
e
sempre que a tarde anuncia
o
fim do dia, e sua queda, distante,
os
gritos dos meninos
no
pátio, o mar de telhados,
os
amanheceres do verão,
os
passos na calçada, regressam
sempre,
sempre,
até
este jogo sem luz
que
já termina.
No jogo da vida
Silvio Persivo
No
jogo da vida as minhas cartas
surgem,
inesperadamente, ruins
e
me fazem temer
que
neste jogo serei sempre
apenas
um observador da mesa.
Tento
esconder a tristeza
de
uma mão tão sem futuro sorrindo,
mas,
uma música distante
me
desilude sobre seguir adiante,
pois,
nenhum blefe ou acaso
há
de me fazer deixar de ser
o
perdedor sorridente.
Finjo
uma calma que não tenho
E vejo
que, apesar de tudo,
os
outros jogadores
me
olham com indisfarçada inveja
e,
só por poder me sentir,
por
um momento superior,
peço
uma carta
para
infundir maior temor aos adversários.
Prolongo
o jogo sabendo
que
não posso vencer,
porém,
não tenho como perder mais,
se
perdido estou.
Assim
jogo uma partida ruim
como
um vencedor.
Ilustração:
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