Quanto mais tento me esquecer de
ti
Mais descubro que não te esqueci
Como se o próprio ato de partir
Fosse apenas a desculpa de voltar
E insisto que este amor há de
acabar,
Mas é um amor tão forte,
resistente
Que antes de acabar acaba a
gente,
Por tristeza, por saudade, pelo
bar
Se transformar em inevitável lar
No qual, inútil, queremos afogar
Em álcool o amor que nos embriaga
Muito mais que a própria bebida
Já que a ressaca vem mesmo da
vida,
E da chama do amor que não se
apaga.
(Do livro "Jardim Dizpersivo", Editora Per Se, 2013).
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