Sobre quem fui não sei dizer
nem lembro
é como uma folha branca
que se sabe apagada.
Hoje sou outro
que as chuvas molham
nos dias que me compõem
uma nova história
que ante os meus passos
o caminho traçam.
O meu futuro é uma ostra
que nunca saiu do mar,
embora já façam o leilão
da pérola que não sei se há.
E, no presente, o destino é esperar.
Ilustração: http://ostra-viva.blogspot.com.br/
(De "
Jardim Diz Persivo", Editora Per Se, 2013).
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