Friday, July 28, 2023

Uma poesia de Mary Jo Bang


AN AUTOPSY OF AN ERA

Mary Jo Bang

That's how it was then, a knife

through cartilage, a body broken. Animal

and animal as mineral ash. A window smashed.

The collective howl as a general alarm

followed by quiet.

 

                                 Boot-black night,

halogen hum. Tape snaking through

a stealth machine. Later, shattered glass

and a checkpoint charm—the clasp

of a tourist-trap bracelet. An arm. A trinket.

 

Snap goes the clamshell. The film

in the braincase preserving the sense

of the drench, the angle of the leash,

the connecting collar. A tracking long-shot.

The descent of small-town darkness.

A AUTÓPSIA DE UMA ERA

Então foi assim, uma faca

através da cartilagem, um corpo fraturado. Animal

e animal como cinzas minerais. Uma janela quebrada.

O uivo coletivo como um alarme geral

seguido de silêncio.

 

                                  Noite negra como uma bota,

zumbido de halogênio. Fita serpenteando através

de uma máquina furtiva. Mais tarde, vidro quebrado

e um amuleto de checagem- o fecho

de uma pulseira de armadilha para turistas. Um braço. Uma bugiganga.

 

A foto faz o broche. O filme

na caixa craniana preservando o sentido

de afogamento, o ângulo da correia,

o colar que os conecta. Uma vista panorâmica

da descida da escuridão sobre uma cidade pequena.

 

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