Wednesday, May 24, 2006

A POESIA DE CANESE

FINAL DEL SIGLO 20
Jorge Canese

Mancho mi nombre,
desciendo exprofeso a los infiernos
para mirar desde aquí tu nada,
tu silencio atragantado.
¡Salvarse!, vaya pretensión orgullosa.
Final del siglo 20:
el botón de retroceso no responde
y parado
espero una caricia que nunca llegará
porque no existe,
porque estoy perdidamente equivocado.
Monigotes.
Múltiples monigotes, camafeos,
cuadrúpedos alados,
insectos de conventillo.
Mentiras. Pavadas.
Mañana. Vení mañana,
que te preparo té inglés con tostadas y todo.
(De: Aháta aju, 1984)

FINAL DO SÉCULO XX

Mancho meu nome,
Descendo infiel aos infernos
Para olhar a partir daqui o nada,
seu silêncio bloqueado.
Salve-se! Vai orgulhosa pretensão.
Fim do século 20:
A tecla de retrocesso não responde
e parado
Espero uma carícia que nunca vai chegar
porque não existe,
porque estou profundamente equivocado.
Noviços.
Múltiplos noviços, camafeus,
quadrúpedes alados,
insetos de conventinhos.
Mentiras. Conversas fiadas.
Amanhã. Vem amanhã,
que lhe preparo chá inglês com tostadas e tudo.

1 comment:

Lia Noronha said...

Silvio: seu bom gosto literário e seu talento nas traduções...são perfeitos!!!
Boa noite de quinta-feira e beijos mil.