Monday, February 10, 2014

Alejandra Pizarnik



El infierno musical

Alejandra Pizarnik

Golpean com soles.
Nada se acopla com nada aqui.
Y de tanto animal muerto en el cementerio de
huesos filosos de mi memoria.
Y de tantas monjas como cuervos que se precipitan a hurgar
entre mis pernas.
La cantidad de fragmentos me desgarra.
Impuro diálogo.
Un provectarse desesperado de la materia verbal
liberada a si misma.
Naufragando em si misma.

O inferno musical

Golpeiam com sóis.
Nada se harmoniza com nada aqui.
E de tantos animais mortos no cemitério
ossos afiados na minha memória.
E muitas freiras como corvos que se precipitam a futucar
entre as minhas pernas.
A quantidade de fragmentos me desgarra.
Diálogo impuro.
Um projetar-se desesperado de material verbal
liberado de si mesma.
Afundando em si mesma.

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