Thursday, May 29, 2014

Joana de Ibarbourou revisitada



Joana de Ibarbourou

Te doy mi alma desnuda,
Como estatua a la cual ningún cendal escuda.
Desnuda con el puro impudor
De un fruto, de una estrella o una flor;
De todas esas cosas que tienen la infinita
Serenidad de Eva antes de ser maldita.
De todas esas cosas,
Frutos, astros y rosas,
Que no sienten vergüenza del sexo sin celajes
Y a quienes nadie osara fabricarles ropajes.
Sin velos, como el cuerpo de una diosa serena
¡Que tuviera una intensa blancura de azucena!
Desnuda, y toda abierta de par en par
¡Por el ansia del amar!

Te dou a minha alma nua

Te dou a minha alma nua
Como uma estátua que nenhum véu encobre.

Nua com um puro impudor
de uma fruta, de uma estrela ou de uma flor;
de todas estas coisas que têm a infinita
serenidade de Eva antes de ser amaldiçoada.

De todas estas coisas,
frutos, estrelas e rosas,
que não têm vergonha do sexo sem nuvens 
e a quem ninguém se atreveu a fabricar roupas.

Sem véus, como o corpo de uma deusa serena
Como se tivesse uma intensa brancura de açucenas!

Nua, e toda aberta de par em par  
pela ânsia de amar!

Ilustração: http://almanuaesua.blogspot.com.br/

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