É difícil, para mim, decorar (e até mesmo ler) os poemas que já fiz. Sempre me parecem faltar alguma coisa, então, quando releio algum e, nem sei explicar a razão, gosto, aproveito para me repetir. Nós, de qualquer forma, somos sempre repetitivos...
DO MODO CORRETO DE SER CRUEL
Sim, meu bem,
Fui, sou e serei cruel contigo
Como os mais insensíveis verdugos.
Esparramarei chocolate no teu ventre, no umbigo,
Os teus seios cobrirei de doce
E os teus pés de vatapá
Para toda te lambuzar
E toda, toda te chupar
Com a volúpia de um dragão.
E me perderei em ti,
Como um barco no alto mar,
Com a insensibilidade de quem
A felicidade vai encontrar
Em ser o mais cruel que se pode ser.
E, depois de tudo, sem culpas ou pecados,
Me vangloriarei da maldade
De ter te amado
Do modo mais suave, terno e cruel
E, como amante malvado,
Ter experimentado na terra
As delícias do céu!
Fui, sou e serei cruel contigo
Como os mais insensíveis verdugos.
Esparramarei chocolate no teu ventre, no umbigo,
Os teus seios cobrirei de doce
E os teus pés de vatapá
Para toda te lambuzar
E toda, toda te chupar
Com a volúpia de um dragão.
E me perderei em ti,
Como um barco no alto mar,
Com a insensibilidade de quem
A felicidade vai encontrar
Em ser o mais cruel que se pode ser.
E, depois de tudo, sem culpas ou pecados,
Me vangloriarei da maldade
De ter te amado
Do modo mais suave, terno e cruel
E, como amante malvado,
Ter experimentado na terra
As delícias do céu!
Ilustração: Amino Apps.
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