Volto
por não poder crer na tua ausência.
E
leio aqui as mesmas palavras que a comprovam.
Há
o tempo limitado e o ilimitado amor
Que
não precisa mais do que o suave querer
Nós,
que sempre estivemos juntos,
Nunca
nos encontramos,
Apesar
da cumplicidade e do carinho
Com
que sempre nos tratamos.
Nós,
que fizemos versos um para o outro.
Que
lutamos contra o que consideramos
Que
era ruim e, hoje, me parece péssimo.
Estamos
ainda mais pobres, sós, reduzidos.
Ainda
não consigo acreditar,
Embora
a dor me corte o peito
E
as lágrimas saúdem o teu silêncio definitivo.
E
pensando em você
não
posso deixar de sorrir,
Li,
Não
posso.
Há
a vida, a poesia, o humor
Que
é teu, é nosso
E
nem a morte poderá nos retirar
mesmo,
se de nós, nada ficar.
Ilustração:
Antonio Carlos.
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