SONETO
it may not always be so; and i say
that if your lips, which i have loved, should touch
another’s, and your dear strong fingers clutch
his heart, as mine in time not far away;
if on another’s face your sweet hair lay
in such a silence as i know, or such
great writhing as, uttering overmuch
stand helplessly before the spirit at bay;
if this should be, i say if this should be –
you of my heart, send me a little word;
that i may go unto him, and take his hands,
saying, Accept all happiness from me.
Then shall i turn my face, and hear one bird
Sing terribly afar in the lost lands.
Talvez não seja sempre assim...e se não for
Se os teus lábios, que tanto amei, tocarem
Outros e tuas doces e queridas mãos segurarem
O coração como, no tempo, de nosso amor;
E outro rosto o teu doce hálito sentir
No silêncio, ou no delírio de palavras loucas,
Estreitando-te ao peito, coladas as bocas,
Na ventura de outro amor a se despedir
Se isto acontecer, se for assim me diga.
Que seja com um aceno, uma palavra pequena,
Que, meu coração, em tuas mãos se abriga
E, ao esconder a face, a dor, de improviso,
Aceitarei a infelicidade com ar de coisa amena,
Como o canto do pássaro do paraíso perdido.
Ilustração com o quadro "Paraíso Perdido" de Alfonso Ayala.
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