Sunday, September 03, 2006

NO DIVÃ

Ninguém me espera assim.
Ninguém me deixa assim.
Ninguém me faz assim
tão feliz.
Nenhuma outra tem
O gosto que ela tem.
Nenhuma outra foi
Tão doce e comportada
E tem , ainda por cima,
A vantagem de me amar calada.
Não me convence não
Toda esta falação
Que cheira a Jung ou Freud.
Vamos parar aqui!
Que argumentar por aí
Não tem nenhum sentido.
Você parece crer-
E não quer me dizer-
Que não acha normal
Esta paixão total
Por minha boneca inflável.

1 comment:

Lia Noronha said...

Silvio: que criativa essa história de amores infláveis e possíveis mulheres siliconadas...que falam demais pra o gosto dos homens!rs
Beijos e obrigada pela carinhosa visita ao meu Cotidiano.