Saturday, January 30, 2010

AINDA POL


Catapulta

Julio César Pol

Y descubrirnos esa vieja tecnología en los sexos. /
A rudos tropiezos adentramos pies y manos / a ese
acre olor de eras / a esa oscura cabina de poca luz. /
Y tensamos con fuerza instrumentos. / Quebramos
engranajes. / Movimos con desespero ejes oxidados
/ y nos afanamos en la torpeza; / nos descubrimos en
la torpeza / tanteando a oscuras manuales: / el braille
en los poros que no entendimos. /Así de inexpertos /
nos decidimos a correr la máquina / que nos arrastró
por vicios / y entrecuerpos.


Catapulta

E descobrimos esta velha tecnologia dos sexos.
Em rudes tropeços colocamos os pés e as mãos/ a este
acre odor de eras/ a esta escura cabine de pouca luz./
E manobramos com força os instrumentos./Quebramos
Engrenagens./ Movemos com desespero eixos oxidados/
E nos esforçamos na torpeza;/nos descubrimos
na torpeza/tateando escuros manuais:/ o braile
nos poros que não entendemos. / Assim inexperientes /
nos decidimos a utilizar a máquina / que nos arrastou
por vícios e / entrecorpos.

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