Hoje me dei de presente
Não olhar para o passado.
Sei que o futuro é cada dia
E, com o tempo, mais frágil
Está meu pobre coração
Que não amou tudo que podia.
Porém, em mim, também há a alegria
De saber que o amor é um poço sem fundo
Inexplicável e confuso como o mundo
Onde é preciso descer mais
Para poder beber a água do bem querer.
Como das alturas, tenho medo das profundidades,
No entanto, meu desejo é maior que os meus medos
E, mesmo sem ser escanfrandista,
Na escuridão apuro a vista.
Sei que preciso mergulhar.
Não há vida
Nem amor
Sem risco.
E, mais do nunca, é preciso amar.
1 comment:
Correr riscos, também!
Lindo poema!
Mirze
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