Amor mío te ofrezco
mi cabeza en un plato...
Antonio Carvajal
Amor mío te ofrezco mi cabeza en un plato:
desayuna. Te ofrezco mi corazón pequeño,
y una vena fecunda que tu lengua de gato
ha de lamer, ya claras las arrugas del ceño.
Otra copita y basta: Amor mío, qué rato
más feliz tu mordisco, como un nudo de sueño,
Yo escalo las paredes, tú apacientas un hato,
y yo balo en la sombra como cabra sin dueño.
Para ti no es la sombra, para ti es sólo el día,
mi Amor nunca tocado por un dedo de bruma,
mi Amor nunca dejado por la indemne alegría.
Te ofrezco un dedo rosa y unos labios de espuma,
Amor mío; te ofrezco la lengua que tenía
cuando dije tu nombre y era el eco una pluma.
"Tigres en el jardín" 1968
desayuna. Te ofrezco mi corazón pequeño,
y una vena fecunda que tu lengua de gato
ha de lamer, ya claras las arrugas del ceño.
Otra copita y basta: Amor mío, qué rato
más feliz tu mordisco, como un nudo de sueño,
Yo escalo las paredes, tú apacientas un hato,
y yo balo en la sombra como cabra sin dueño.
Para ti no es la sombra, para ti es sólo el día,
mi Amor nunca tocado por un dedo de bruma,
mi Amor nunca dejado por la indemne alegría.
Te ofrezco un dedo rosa y unos labios de espuma,
Amor mío; te ofrezco la lengua que tenía
cuando dije tu nombre y era el eco una pluma.
"Tigres en el jardín" 1968
Meu amor, eu te ofereço minha cabeça num prato
...
Meu amor, eu te ofereço minha cabeça num prato:
no café da manhã. Te ofereço o meu pequeno coração,
e uma veia fecunda que tua língua de gato
há de lamber, as claras rugas e o ar de reprovação.
Outro copo e basta: Amor meu, o tempo, sonho,
mais feliz que tua mordida, como um nó de sono,
Eu escalo as paredes, tu apascentas um rebanho,
e eu bailo na sombra como uma cabra sem dono
Para ti não há a sombra, para ti só há o dia,
Meu amor nunca foi tocado por um dedo de bruma,
meu amor nunca foi deixado pela ilesa alegria.
Te ofereço um dedo rosa e uns lábios de espuma,
Meu amor, te ofereço a língua que tinha
quando disse o teu nome e era o eco de uma pluma.
"Tigres no Jardim" 1968
Meu amor, eu te ofereço minha cabeça num prato:
no café da manhã. Te ofereço o meu pequeno coração,
e uma veia fecunda que tua língua de gato
há de lamber, as claras rugas e o ar de reprovação.
Outro copo e basta: Amor meu, o tempo, sonho,
mais feliz que tua mordida, como um nó de sono,
Eu escalo as paredes, tu apascentas um rebanho,
e eu bailo na sombra como uma cabra sem dono
Para ti não há a sombra, para ti só há o dia,
Meu amor nunca foi tocado por um dedo de bruma,
meu amor nunca foi deixado pela ilesa alegria.
Te ofereço um dedo rosa e uns lábios de espuma,
Meu amor, te ofereço a língua que tinha
quando disse o teu nome e era o eco de uma pluma.
"Tigres no Jardim" 1968
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