La ley de
la vida
Marilina Rébora
Quisiera
estar de acuerdo con la ley de la vida
—Tal
vez, la de la selva, al instinto fiada—,
Según
la cual se vive de acuerdo a la comida:
La
bestia menos fuerte ha de ser devorada.
Y
quisiera también aceptar la partida
—Ya
que sin consentirlo nos viene la llegada—,
Sufrir
sin execrar al que odia u olvida,
Como
al rico que abruma a quien no tiene nada.
Y
tan profunda siento la triste disidencia
Que
rechazo reacia tan duras condiciones:
Mas
vivir no es posible opuesta a la existencia,
Las
manos temblorosas apretando las sienes,
Pese
al compás armónico de nuestros corazones
Y
al amor que te tengo y que también me tienes.
A LEI DA
VIDA
Quisera
estar de acordo com a lei da vida
-Talvez,
a da selva, ao instinto confiada-,
Segundo
a qual se vive de acordo com a comida:
A
fera menos forte há de ser devorada.
E
quisera também aceitar a partida
-Já
que sem consentirmos nos vem à chegada-,
Sofrer
sem execrar ao que se odeia ou é esquecida,
Como
o rico que esmaga a quem não tem nada.
E
tão profunda sinto a triste dissidência
Que
rechaço relutante tão duras condições:
Mas,
viver não é possível se opondo à existência,
As
mãos trêmulas apertando as faces,
Pesam
ao compasso harmônico de nossos corações
E
ao amor que te tenho e que também me tens.
Ilustração:
http://3.bp.blogspot.com.
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