Sou um fugitivo.
Mal havia nascido
e já me prenderam,
porém, veloz, fugi.
Sempre me canso
de ser quem sou,
do lugar onde estou,
de ser eu mesmo.
Tento ser vários
nos meus desvarios
e nunca me encontro
nos meus seres dispersos.
Ser é uma prisão.
E não ser também.
Viverei sempre o dilema
de ser muitos e ninguém.
Ilustração: Omelete.
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