Era uma japonesinha quase comum,
Meio gordinha.
Tentei falar com ela em inglês...
Uma vez, duas, três.
Eu falava, ela ria.
Meu desejo crescia
E a japonesinha era arisca
Procurava agarrar
E ela dava um jeito de escapar.
E ria, ria, ria sem parar
Aquilo só fazia me excitar!
A necessidade é criativa:
Analisei o caminho,
Fiz metas e planos
Com meia garrafa de rum
Pra não esquecer detalhe nenhum.
Quando ia passando
Agarrei com vontade a oriental
E tasquei-lhe uma chupada na orelha
De derreter metal.
Ela só ria, ria e ria...
Envolto no desejo
Cobri seu corpo de beijos,
Tirei, com rapidez, a sua roupa
E num tempo menor ainda
Ela dengosa se contorcia
E ria e gemia, gemia e ria sem parar...
Nem terminou direito de gozar
Só fez pegar as roupas
amassadas
E sem dizer nada correu e ria, ria,
ria sem parar.
Aquilo me enlouqueceu.
Nunca mais vi a japonesinha
Que desapareceu.
Perguntei tempos depois por ela
E me disseram que algo aconteceu.
A mudinha-me contaram-
Era mansa como uma ovelha
E, de uma hora pra outra, ficou braba
Quase que com a casa toda acaba
E só sossegou quando a deixaram
Fazer o curso de gueixa no Japão.
(De Poemas Mal Comportados)
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