A roda da insensatez
Os deuses sempre combateram em vão
Contra a loucura dos homens
Ainda que se saiba que, no sono da razão,
Se multiplicam, dos monstros, os gens.
O saber e o conhecimento que dão o alerta
São sufocados sempre pelo aplauso
Dos tolos e espertos que vêem a porta aberta
E da consciência fazem pouco caso.
A insensatez gosta da mediocridade
E, muitas vezes, do ruim faz unanimidade
Entre os preguiçosos que odeiam ter de pensar,
Porém, se os homens pensam como horda,
Como um relógio aos embusteiros dão a corda
Com que um dia voltam sempre a se enforcar.
Ilustração: http://www.efemero.blogger.com.br/Misha%20Gordin12.jpg
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