Delfina Acosta
Acaso es tarde.
No importa ya
que con favor del diablo
coloque mis jazmines en la acera,
mi zapato de tierra
en la ventana,
y me quede
en cuclillas,
aguardando,
que alguien golpee de una vez mi puerta.
No importa ya
que con las gotas
de un día que en la fiesta fue lluvioso,
yo moje mis cabellos y mejillas,
y me quede sentada,
parpadeando,
sobre el sillón de mimbre, en la penumbra.
Acaso es tarde.
Acaso el tiempo
me llegó de golpe
por andarme de madre,
por andarme de hija,
y este fuego nocturno
que sube por mis huesos,
este aullido feroz
que levanta mi sangre,
ya no son señales
para llamar a nadie.
Antes do esquecimento
Talvez seja tarde.
Não importa já
Que, com o favor do diabo,
Coloquei os jasmins
Na calçada, meus sapatos
De terra na janela,
E me quedei
De cócoras
Aguardando,
Que alguém golpeie de uma vez minha porta.
Não importa já
Que com as gotas
De um dia de festa que foi chuvoso,
Eu molhe meus cabelo e cachinhos,
E permaneça sentada,
Proseando,
Na poltrona de vime, na penumbra.
Talvez seja tarde.
Talvez o momento
Chegou de um golpe
Por andar como mãe,
Por andar como filha,
E este fogo noturno
Que sobe por meus ossos,
Este este gemido feroz
Que levanta meu sangue,
Já não sejam sinais
Para chamar ninguém.
Antes do esquecimento
Talvez seja tarde.
Não importa já
Que, com o favor do diabo,
Coloquei os jasmins
Na calçada, meus sapatos
De terra na janela,
E me quedei
De cócoras
Aguardando,
Que alguém golpeie de uma vez minha porta.
Não importa já
Que com as gotas
De um dia de festa que foi chuvoso,
Eu molhe meus cabelo e cachinhos,
E permaneça sentada,
Proseando,
Na poltrona de vime, na penumbra.
Talvez seja tarde.
Talvez o momento
Chegou de um golpe
Por andar como mãe,
Por andar como filha,
E este fogo noturno
Que sobe por meus ossos,
Este este gemido feroz
Que levanta meu sangue,
Já não sejam sinais
Para chamar ninguém.
Ilustração: another-w.blogspot.com/2007_10_01_archive.html
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