Tuesday, April 05, 2011
Novamente Miguel Otero Silva
El aire ya no es aire, sino aliento...
Miguel Otero Silva
El aire ya no es aire, sino aliento;
el agua ya no es agua, sino espejo,
porque el agua es apenas tu reflejo
y ruta de tu voz es sólo el viento.
Ya mi verso no es verso, sino acento;
ya mi andar no es andar, sino cortejo,
porque vuelvo hacia ti cuando te dejo
y es sombra de tu luz mi pensamiento.
Ya la herida es floral deshojadura
y la muerte es fluencia de ternura
que a ti me liga con perpetuos lazos:
tornóse en rosa espléndida la herida
y ya no es muerte, sino dulce vida,
la muerte que me das entre tus brazos.
O ar não é o ar, mas, sim alento ...
O ar não é o ar, mas, sim alento;
a água já não é água, mas, espelho
porque a água é apenas teu reflexo
e a rota de tua voz é só o vento.
Já meu verso não é verso, sim acento
e meu andar não é andar, mas, sim cortejo
porque volto até ti quando te deixo
e é sombra de tua luz meu pensamento.
Já a ferida é desfolhada roseira
e a morte é a fluência de ternura
que a ti me liga com perpétuos laços:
Torna-se em rosa esplendida a ferida
e já não é mais a morte, mas, a doce vida
a morte que me dás entre teus braços.
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