La salvaje esperanza
Gonzalo
Arango
Eramos dioses y nos volvieron esclavos.
Eramos hijos del Sol y nos consolaron con medallas
de lata.
Eramos poetas y nos pusieron a recitar oraciones
pordioseras.
Eramos felices y nos civilizaron.
Quién refrescará la memoria de la tribu.
Quién revivirá nuestros dioses.
Que la salvaje esperanza sea siempre tuya,
querida alma inamansable.
A selvagem esperança
Éramos deuses e nos tornaram escravos.
Éramos filhos do Sol e nos consolaram com medalhas de lata.
Éramos poetas e puseram-nos a recitar uma esmolinha pelo amor de Deus.
Éramos felizes e nos civilizaram.
Quem refrescará a memória da tribo.
Quem reviverá os nossos deuses.
Que a selvagem esperança seja sempre tua,
querida alma indomável.
Éramos deuses e nos tornaram escravos.
Éramos filhos do Sol e nos consolaram com medalhas de lata.
Éramos poetas e puseram-nos a recitar uma esmolinha pelo amor de Deus.
Éramos felizes e nos civilizaram.
Quem refrescará a memória da tribo.
Quem reviverá os nossos deuses.
Que a selvagem esperança seja sempre tua,
querida alma indomável.
Ilustração: ceuesperanca.blogspot.com
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