Los dioses desconfiados
Alain
Bosquet
"No,
no", decían los dioses,
"Si
ha de haber un ojo,
Que
pertenezca a la montaña".
"No,
no", decían los dioses,
"Si
ha de haber una risa,
Ofrezcámosela
al océano para que se anime.
¡La
palabra para el pavo,
Para
el cactus, para el arroyo!
Y
el pensamiento,
Que
de él se adueñe la roca
Para
reconocerse mejor".
"No,
no", decían los dioses,
"Ahorrémonos
El
error humano".
Os deuses desconfiados
"Não,
não", diziam os deuses,
"Se
há de haver um olho
Que
pertença à montanha ".
"Não,
não", diziam os deuses,
"Se
há de haver uma risada,
Ofereceremos
ao oceano para que se anime.
A
palavra para o pavão,
Para
o cacto, para o riacho!
E
o pensamento:
Que
ele se adeque à rocha
Para
reconhecer-se melhor. "
"Não,
não", diziam os deuses,
"Poupemo-nos
do
erro humano ".
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