Sunday, September 07, 2014

Uma poesia de Ernestina de Champourcin



TE ESPERARÉ 

Ernestina de Champourcin

Te esperaré apoyada en la curva del cielo
y todas las estrellas abrirán para verte
sus ojos conmovidos.

Te esperaré desnuda.
Seis túnicas de luz resbalando ante ti
deshojarán el ámbar moreno de mis hombros.

Nadie podrá mirarme sin que azote sus párpados
un látigo de niebla.
Sólo tú lograrás ceñir en tus pupilas
mi sien alucinada
y mis manos que ofrecen su cáliz entreabierto
a todo lo inasible.

Te esperaré encendida.
Mi antorcha despejando la noche de tus labios
libertará por fin tu esencia creadora.
¡Ven a fundirte en mí!
El agua de mis besos, ungiéndote, dirá
tu verdadero nombre.
  
Te esperarei

Te esperarei apoiada na curva do céu
e todas as estrelas se abrirão para ver-te
os olhos comovidos.
  
Te esperarei nua.
Seis túnicas de luz deslizando ante ti
desfolharão o  âmbar moreno de meus ombros.

Ninguém poderá me olhar sem ferir tuas pálpebras
um chicote de névoa.
Só tu conseguirás cingir em tuas pupilas
minha têmpora alucinada
e as minhas mãos que oferecem seu cálice entreaberto
a todo o incompreensível.

Te esperarei acesa.
minha tocha despejando a noite de teus lábios
Libertará, por fim, a tua essência criadora.
Vem juntar-se a mim!
A água dos meus beijos, ungindo-te, dirá
teu verdadeiro nome.


No comments: