Thursday, September 25, 2014

Uma poesia de Luis Palés Matos



Luis Palés Matos

Lector, vas a beber en una fuente,
Donde al bajar el labio y la mirada,
Encontrarás tu imagen retratada
En la seda de su onda transparente;

Vas a beber el agua de un torrente
Hecha de Todo y en resumen Nada,
Que sabe de la estrella inmaculada
Y de la sima negra y atrayente...

Ese es mi verso; profundiza un poco.
No compadezcas mi dolor, si loco
Te lanza entre la sombra su saeta;

Sigue, a tientas quizás: Jasón perdido,
Y toparás al cabo sorprendido,
El vellocino de oro del poeta.

Frontis

Leitor, vais beber em uma fonte,
Aonde ao baixar o lábio e o olhar
Encontrarás a tua imagem retratada
Na seda de sua onda transparente;

Vais beber a água de uma corrente
Feita de tudo e, em resumo, nada,
Quem sabe da estrela imaculada
E do abismo negro e atraente ...

Esse é o meu verso; aprofunda um pouco.
Não se compadeças da minha dor, se louco
Te lanças entre a sombra e a seta;

Segue, a tentar talvez: perdeu Jasão,
E toparás ao cabo surpreendido
O Velocino de Ouro do poeta.


Ilustração: cidmarcus.blogspot.com

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