Dela
jamais saberei todas as coisas,
embora
sinta que já sei demais.
E o que sei não me dá nem uma paz
nem a faz menos desejável e bela
como só podem ser as estrelas de cinema
ou as inacessíveis divas do teatro.
Claro que seu rosto de inocência
nada de sua maldade revela
que aprendi a sentir no seu perfume
e nos beijos que me sonega
para que a ame mais que posso.
Ela, a quem sigo como um cachorrinho,
me afaga, me consola, faz carinho.
vez por outra, para que não esqueça
que viver sendo seu escravo
É a condição para que a mereça!
Bruxa cruel! Que não me deixa partir
e, encantadora, sabe que quem a adora
não tem a mínima condição de dela fugir!
Ilustração: Revista Planeta.
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