Eu vejo, e vivo, neste
espaço limitado
Em que meus olhos
percebem, ou não,
O grande, o pequeno ou o
parcelado
Que me ocupa o sentido da
visão.
Nada além do que pode ser
avistado
Existe, fora do olhar,
foco do mundo,
Que, no costume, acaba
conformado
Comprimindo o abismo mais
profundo
E reduzindo, estreitando,
o ignorado,
Tento impedir o vetor
mais complicado
de sentir que meu olhar é
pura areia
A embaçar o juízo, raiz
do entendimento,
Que mal percebe que, de
real, só há o momento,
Uma breve mosca de luz
presa na teia.
Ilustração: Hospedario.com.br.
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