Friday, October 24, 2008

UMA POETISA ARGENTINA

Dame tu brazo, amor, y caminemos,

Julia Prilutzky

Dame tu brazo, amor, y caminemos,
dame tu mano y sírveme de guía.
Ya no quiero saber si es noche o día:
mis ojos estánciegos.Avancemos.
Dame tu estar, amor, en los extremos,
tu presencia y tu infiel sabiduría:
por los caminos de la sangre mía
ya no sé si es que vamos o volvemos.
Y no me digas nada. No es preciso.
Deja que vuelva al pórtico indeciso desde donde no escucho ni presencio:
Todo fue dicho ya, tan a menudo,
que ahora tengo miedo, amor, y dudo
de aquello que está al borde del silencio.

Dá-me teu braço, amor, e caminhemos

Dá-me teu braço, amor, e caminhemos,
Dá-me tua mão e serve-me de guia
Já não quero saber se é noite ou dia:
Meus olhos são cegos. Avancemos.

Da-me teu ser, amor, com teus extremos,
Tua presença e tua infiel sabedoria:
Pelas modos que meu sangue se esvaía
Já não sei se vamos ou se voltamos.

E não me digas nada. Não é preciso.
Deixa que eu volte ao portão indeciso
De onde não te escuto nem te presencio:

Tudo foi dito já, assim tão repetido,
Que agora tenho medo, amor, e duvido
Daquilo que está à beira do silêncio.

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