Modo de Ser É minha estranha natureza.
Coitado de mim, coitado,
Não muda, não há mudado
Com choro, ou com cuidado,
O meu mal não se amansa
E meu sofrer não descansa
De chorar por ter chorado,
Todas as lágrimas dançam
No meu olhar desolado.
Os tempos se, por ventura,
Mudam, o sei pelo passar,
Não mudam minha tristura,
Que não consigo acabar,
Talvez pela desventura
De não te ver, não enxergar.
Nem mudam nada com os anos
Só acumulam os desenganos
Do triste e a sua tristeza
Se converte em natureza.
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