Saturday, December 05, 2009

LEOPARDI


A SE STESSO

Giacomo Leopardi


Or poserai per sempre,
Stanco mio cor. Per l'inganno estremo,
Ch'eterno io mi credei. Per . Ben sento,
In noi di cari inganni,
Non che la speme, il desiderio è spento.
Posa per sempre. Assai
Palpitasti. Non val cosa nessuna
I moti tuoi, né di sospiri è degna
La terra. Amaro e noia
La vita, altro mai nulla; e fango è il mondo.
T'acqueta omai. Dispera
L'ultima volta. Al gener nostro il fato
Non donò che il morire. Omai disprezza
Te, la natura, il brutto
Poter che, ascoso, a comun danno impera,
E l'infinita vanit del tutto.

PARA SI MESMO

Repousa para sempre,
Cansado coração meu. Para decepção extrema
Morreu o que cria ser eterno. Em mim bem sinto
Que dos queridos enganos,
Não a esperança, mas, o desejo foi desligado.
Repousa para sempre. Muito
Palpitastes. Nada vale coisa nenhuma
De tuas ansiedades, nem de suspiros é digna
A terra. Tediosa e amarga, a vida e lama é o mundo.
Acalma-te, pois. Desespera
A última vez. Ao genero nosso de fato
Não nos custa morrer. Despreza tu, portanto,
A natureza, o bruto
Poder, escondido, que para o dano comum impera
E a infinita vaidade de tudo.

Ilustração: www.overmundo.com.br/banco/dormente

1 comment:

Jefferson Bessa said...

saber de que nada vale nenhuma vaidade, nenhuma ansiedade.

Muito
bonito!

Abraços.
Jefferson.