Prohibido
olvidar
Mayra
Oyuela
A Lucy
Después
de cruzar ciertos agujeros
atravesé
la nostalgia
como
se atraviesa un suspiro
en
medio de cualquier semáforo.
Mis
zapatos tienen clavículas,
bocas
que se atragantan de pasos.
Primigenia
me apresuro,
por
primera vez en los labios
del
hombre que jamás besé.
La
nostalgia esta cocida a mano
como
ese delantal que guarda en su ropero mi madre.
En
silencio comienzo una oración
con
la frase “prohibido olvidar” .
La
noche es un telón que humedece,
un
abrazo más por ofrecer,
uno
persuasivo de adioses que no son definitivos.
Concluyo:
que
los besos son para los que aman
sin
promesas ni esperanzas.
Proibido
esquecer
Depois
de cruzar certos agulheiros
atravessei
a nostalgia
como
se atravessa um suspiro
em
meio de qualquer semáforo.
Meus
sapatos têm clavículas,
Bocas
que se engasgam com passos.
Primogênita
me apresso,
pela
primeira vez nos lábios
do
homem que jamais beijei.
A
nostalgia é cozida à mão
como
esse avental guardado no armário de minha mãe.
Em
silêncio começo uma oração
com
a frase "proibido esquecer".
A
noite é uma cortina molhada,
um
abraço a mais a oferecer,
um
persuasivo de adeuses que não são definitivos.
Concluo:
que
os beijos são para os que amam
sem
promessas ou esperanças.
Ilustração:
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