Ele
me reconheceu imediatamente,
Apesar
da cegueira,
Me
recriminou:
-Poeta,
deixe de brincadeira!
Surpreso,
e sem saber como viu meu ato
De
roubar um livro sobre o Império Romano,
Talvez
sobre César, já nem lembro,
Admiti
minha transgressão:
-Ia
levá-lo, é verdade.
Mas,
o senhor me chamar de poeta é uma ilusão.
Ele
me fitou, como se me visse,
Com
um olhar de eternidade:
-Deixe
de tolice. A ilusão é só o que existe.
E,
diante dos meus olhos, desapareceu!
Ilustração:
www.picassomio.com
No comments:
Post a Comment