KITSCHMENTE
Reina
María Rodríguez
soy
kitsch, y mis amores, mis pasiones, mis sentimientos, mis
amigos,
mis condecoraciones, mis méritos y deméritos también.
tal
vez de un kitsch idealizado, distinto, que tiene una cáscara más
refinada
o “literaria” al ordinario. pero eso no me salva. este
personaje
lo escogí, y aunque hubiera podido ser cualquier otro,
tal
vez la bailarina de Tropicana, la jinetera o la monja, mi
fidelidad
a la renuncia, a la abstinencia y a no ser múltiple -cierto
Gandhismo-,
me empecinó en mí: megalómana, ridícula y cursi.
Yo
emito señales (kitsch), para suplantar esa pérdida, esa absoluta pérdida;
para
unir la falla, la rajadura que está entre mi potencialidad y la
ausencia
y
hago concesiones para existir (kitschmente).
Kitschmente
sou
kitsch, e meus amores, minhas paixões, meus sentimentos, meus
amigos,
minhas condecorações, meus méritos e deméritos também.
talvez
de um kitsch idealizado, diferente, que tem uma casca mais
refinada
ou "literária" de ordinário. Porém isso não me salva. Este
personagem
escolhi, e ainda que pudesse ser qualquer outro,
talvez
a bailarina Tropicana, a prostituta ou a
freira, minha
fidelidade
à renúncia, a abstinência e o não ser múltiplo- certo
Gandhismo-,
se encrustou em mim: megalômana, ridícula e brega.
Eu
emito sinais (Kitsch), para suplantar essa perda, essa perda total;
para
unir a falha, a rachadura, que está entre minhas potencialidades e a ausência e
faço a concessões para existir
(kitschmente).
Ilustração:
fashion-rio.inverno09.blog.uol.com.br
No comments:
Post a Comment