Elsa
Batista
Puedo
soñar, amor, que no estás lejos,
que
se ahogan en mis manos las distancias,
que
en mi pecho encuentras tu refugio,
que
tus besos hacen nido en mi mirada
Puedo
soñar, amor, que no es el viento
el
que canta su canción en mi ventana
que
es tu voz la que rompe mis silencios,
que
es por mí que despiertan tus palabras
Puedo
soñar, amor, que yo soy río
que
en mí ahogas tus horas de ternura
que
en un segundo naufrago yo en tu vida,
que
tu tiempo y mi tiempo se conjugan
Puedo
soñar, amor, que hasta ti llego,
que
soy leve transparente mariposa
que
emancipada retozo por tus prados,
que
ahogo mi néctar en tu boca.
Posso sonhar
Posso
sonhar, amor, que não estais distante,
que
se afogam nas minhas mãos as distâncias,
que,
em meu peito encontras refúgio,
que
em teus beijos fazem ninho meus olhares.
Posso
sonhar, amor, que não é o vento
o
que canta suas canções na minha janela
que
é tua voz que rompe meus silêncios,
que
é por mim que despertam tuas palavras
Posso
sonhar, amor, que eu sou o rio
que,
em mim, afogas tuas horas de ternura
que,
em um segundo, naufrago eu na tua vida,
que
o teu tempo e o meu se conjugam
Posso
sonhar, amor, que até te chego,
que
sou leve e transparente borboleta
que,
emancipada, flauteio por teus campos,
que
afogo meu néctar na tua boca.
Ilustração:
utopia43.tumblr.com
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