Tuesday, June 07, 2016

Uma poesia de Francisco Luis Bernárdez

Silencio                                                                                               
Francisco Luis Bernárdez

No digas nada, no preguntes nada.
Cuando quieras hablar, quédate mudo:
Que un silencio sin fin sea tu escudo
Y al mismo tiempo tu perfecta espada.

No llames si la puerta está cerrada,
No llores si el dolor es más agudo,
No cantes si el camino es menos rudo,
No interrogues sino con la mirada.

Y en la calma profunda y transparente
Que poco a poco y silenciosamente
Inundará tu pecho de este modo,

Sentirás el latido enamorado
Con que tu corazón recuperado
Te irá diciendo todo, todo, todo.

Silêncio

Não digas nada, não perguntes nada.
Quando quiseres falar, queda-te mudo:
Que um silêncio sem fim seja teu escudo
E, ao mesmo tempo, tua perfeita espada.

Não chames se a porta está fechada,
Não chores se a dor for mais dolorosa
Não cantes se a estrada é menos penosa
Não interrogues senão com uma olhada.

E na calma profunda e transparente
Que, pouco a pouco, e silenciosamente
Inundará teu peito deste modo

Sentirás o palpitar enamorado
Com que teu coração recuperado
Te irá dizendo tudo, tudo, tudo!


Ilustração: obviousmag.org

1 comment:

Rafael Humberto Lizarazo Goyeneche said...

Es un poema muy bello y con un profundo mensaje.

Abrazos.