AÍ
MÃE, MORRO DE AMOR
Veja
como é a vida.
Veja
como são as coisas.
Ninguém
faz o que quer não.
Quis
namorar cedo e mamãe não deixou.
Ela
espantou, de verdade,
sem
complacência,
os
candidatos da minha adolescência
e
da primeira mocidade,
e
acabei ficando assim sem opção.
Todos
os candidatos que me apareceram
foram
de segunda mão!
De
forma, que resistir quem há de?
Iniciei
minha carreira de casada
sem
nunca ter alguém zero quilômetro
como quem só tem direito a um velho hidrometro
e,
em homem já rodado,
fiquei
viciada,
tanto
que repeti a dose
sem
pensar que era mancada.
É
a vida é mesmo assim:
não
se escolhe senão o que se pode.
E
não posso reclamar
Vivi
o melhor que consegui
E
o que não consegui fazer,
bem
sei, sublimei.
Por
isto, meu filho,
Você
é o homem que sonhei:
É
o meu amadinho
E,
pode acreditar,
Na
próxima encarnação
Viveremos
bem juntinhos.
Ilustração: Fotolog.
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