nuestro
recinto
María
Auxiliadora Álvarez
vivo
de ojos hacia el lugar de la nada
pero
aún mis cuencas vacías
sienten
amor por ti
déjate
llevar por lo desconocido que nos mora
porque
sólo al dolor tememos
pero
el dolor es la noche que nos recibe
en
su lecho de amor
Noche
de vientos ululantes
su
íntimo recinto
y
el nuestro
cualquier
mundo
queda
extendida una red de nervios sensibles sobre el mundo
Cualquier
mundo
será
un
roce involuntario
de
estremecimientos
lo
irreal y lo muerto
por
lo que no fuimos y fuimos
desconocimos
e ignoramos
perdimos
y guardamos
preservamos
u olvidamos
repartimos
o privamos
asumimos
deshicimos
malentendimos
u honramos:
recibimos
el golpe fatal de la alegría separando lo irreal y lo muerto
NOSSO RECINTO
vivo
de olhos voltados para o lugar do nada
porém,
ainda minhas órbitas vazias
sentem
amor por ti
deixa-te
pelo desconhecido que nos habita
porque
só a dor tememos
porém,
a dor é a noite que nos recebe
no
seu leito de amor
Noite
de ventos uivantes
seu
íntimo recinto
e
o nosso
mundo
qualquer
fica
estendida uma rede de nervos sensíveis sobre o mundo
qualquer
mundo
será
um
toque involuntário
de
estremecimentos
o
irreal e o morto
pelo
que não fomos e fomos
desconhecemos
e ignoramos
Perdemos
e guardamos
preservarmos
ou esquecemos
repartimos
ou privamos
assumimos
desfazemos
mal
entendidos ou honramos:
Recebemos
o golpe fatal de alegria separando o irreal e os mortos
Ilustração: Ciência Hoje.
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