Tuesday, April 19, 2022

Uma poesia de Cristina Campo

 


Cristina Campo

Ora rivoglio bianche tutte le mie lettere,

inaudito il mio nome, la mia grazia richiusa;

ch'io mi distenda sul quadrante dei giorni,

riconduca la vita a mezzanotte.

 

E la mia valle rosata dagli uliveti

e la città intricata dei miei amori

siano richiuse come breve palmo,

il mio palmo segnato da tutte le mie morti.

 

O Medio Oriente disteso dalla sua voce,

 voglio destarmi sulla via di Damasco -

 né mai lo sguardo aver levato a un cielo

 altro dal suo, da tanta gioia in croce.

 

Agora quero em branco todas as minhas letras,

inédito o meu nome, minha graça fechada;

que me estenda no quadrante dos dias,

reconduza a vida de volta à meia-noite.

 

 E meu vale de rosas com oliveiras

 e a cidade intrincada dos meus amores

 estão fechados como uma palma curta,

 e minha palma marcada de todas as minhas mortes.

 

 O Oriente Médio distendido por sua voz,

  vai me acordar na estrada para Damasco -

  não mais olhar depois de ter criado um céu

  além do seu, de tanta alegria na cruz.

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