O IMPOSIBLE
José Luis Garcia Martin
Por odio de lo fácil detesto la aventura.
¿Qué mayor aventura que abrir una ventana,
mirar pasar las nubes mientras pasa la tarde,
acariciar tu pelo, acostarse temprano,
escuchar una voz que canta en otro siglo?
Por odio de lo fácil. Déjame que sonría
ante tantos que anhelan lo que jamás les falta.
No se pisa dos veces en el mismo lugar.
Nadie abraza dos veces a la misma persona.
No se detiene nunca la nave que nos lleva,
incansable da vueltas en su viaje estelar.
Mírame: ya soy otro. Y te sigo queriendo
a ti que ya no eres quien ayer sonreía.
Cuatro estaciones tiene el tren en que viajamos
y en ninguna nos dejan detenernos.
Por odio de lo fácil detesto la aventura.
¿Qué mayor aventura que mirarte a los ojos
y ver en ellos juntas mi dicha y una lágrima?
¿Qué mayor aventura que no saber siquiera
si el día de mañana seguiremos con vida?
Aspiro a lo imposible: a la monotonía.
O IMPOSSÍVEL
Por ódio do fácil, detesto a aventura.
Que aventura maior do que abrir uma janela,
Olhar passarem as nuvens enquanto a tarde passa,
acariciar seu cabelo, ir dormir cedo,
ouvir uma voz que canta em outro século?
Por ódio do fácil. Deixe-me sorrir
diante daqueles que anseiam pelo que jamais lhes falta.
Não se pisa duas vezes no mesmo lugar.
Ninguém duas vezes abraça a mesma pessoa.
O navio que nos leva nunca para,
incansável dando voltas em sua jornada estelar.
Olhe para mim: já sou outro. E ainda te amo
A ti que não és mais quem ontem sorria.
Quatro estações tem o trem em que viajamos
e nenhuma nos deixam parar nelas.
Por ódio à coisa fácil, detesto a aventura.
Que aventura maior do que olhar teus olhos
e ver neles juntos minha sorte e uma lágrima?
Que aventura maior do que nem saber
se amanhã ainda estaremos vivos?
Aspiro ao impossível: à monotonia.
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