Tuesday, April 19, 2022

Uma poesia de Vicente Riva Palacio

 


AL VIENTO

Vicente Riva Palacio

Cuando era niño, con pavor te oía

En las puertas gemir de mi aposento;

Doloroso, tristísimo lamento

De misteriosos seres te creía.

 

Cuando era joven, tu rumor decía

Frases que adivinó mi pensamiento,

Y cruzando después el campamento,

"Patria", tu ronca voz me repetía.

 

Hoy te siento azotando, en las oscuras

Noches, de mi prisión las fuertes rejas;

Pero hanme dicho ya mis desventuras

 

Que eres viento, no más, cuando te quejas,

Eres viento si ruges o murmuras,

Viento si llegas, viento si te alejas.

AO VENTO

Quando era criança, com pavor te ouvia

Nas portas a gemer no meu quarto;

Doloroso, tristíssimo lamento

De misteriosos eu te cria.

 

Quando eu era jovem, teu rumor dizia

Frases que adivinhou meu pensamento,

E cruzando depois o acampamento,

"Pátria", sua voz rouca me repetia.

 

Hoje  te sinto chicoteando, nas escuras

Noites, da minha prisão as grades fortes;

Porém já me disse minhas desventuras

 

Que és o vento, não mais, quando te queixas,

És o vento se ruges ou murmuras,

Vento se chegas, vento se te afastas.

Ilustração: https://notisul.com.br/geral/alerta-e-para-vento-forte-e-mar-agitado-no-litoral-de-sc/.

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