MEMBRILLO
Antonio Carvajal
Ni débil, ni vencido, ni antes de tiempo
muerto:
ascendido en la luz con plenitud de
esencia.
Aquí estás, aquí pones tu olor de blanco
huerto
y hay un mundo de gozo detrás de tu
presencia.
La mano no te oprime, pero eres fruto
cierto
con lluvias y veranos cuidando tu
existencia,
oh, corazón de otoño tranquilamente
abierto,
por donde fluye un río de aroma en
transparencia.
Mirarte no es mirarte, que es ver la luz
del cielo,
el agua de la acequia, la alegre
membrillera,
el campo soleado donde el aire se
tiende.
Estás para los labios, estás para el
anhelo;
pero nadie te toque para calmar su
espera,
pero todos te gusten cuando la sed se
enciende.
MARMELO
Nem débil, nem vencido, nem antes do
tempo morto:
ascendido à luz com plenitude de
essência.
Aqui estas, aqui pões teu cheiro de
branco horto
e há um mundo de alegria por trás da tua
presença.
A mão não te oprime, porém és um fruto
certo
com chuvas e verões cuidando da tua
existência,
oh, coração de outono tranquilamente
aberto,
onde um rio de aromas flui em
transparência.
Olhar-te não é te olhar, é ver do céu, a
luz
a água da vala de irrigação, o
marmeleiro a brilhar,
o campo ensolarado onde o ar se estende.
Estás para os lábios, como o anseio que
seduz;
mas ninguém te toca para sua espera
acalmar,
porém todos te gostam quando a sede acende.
Ilustração: Beleza da Caatinga.
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