Friday, March 22, 2024

Uma poesia de Antonio Carvajal

 


 

MEMBRILLO

Antonio Carvajal

Ni débil, ni vencido, ni antes de tiempo muerto:

ascendido en la luz con plenitud de esencia.

Aquí estás, aquí pones tu olor de blanco huerto

y hay un mundo de gozo detrás de tu presencia.

 

La mano no te oprime, pero eres fruto cierto

con lluvias y veranos cuidando tu existencia,

oh, corazón de otoño tranquilamente abierto,

por donde fluye un río de aroma en transparencia.

 

Mirarte no es mirarte, que es ver la luz del cielo,

el agua de la acequia, la alegre membrillera,

el campo soleado donde el aire se tiende.

 

Estás para los labios, estás para el anhelo;

pero nadie te toque para calmar su espera,

pero todos te gusten cuando la sed se enciende.

MARMELO

Nem débil, nem vencido, nem antes do tempo morto:

ascendido à luz com plenitude de essência.

Aqui estas, aqui pões teu cheiro de branco horto

e há um mundo de alegria por trás da tua presença.

 

A mão não te oprime, porém és um fruto certo

com chuvas e verões cuidando da tua existência,

oh, coração de outono tranquilamente aberto,

onde um rio de aromas flui em transparência.

 

Olhar-te não é te olhar, é ver do céu, a luz

a água da vala de irrigação, o marmeleiro a brilhar,

o campo ensolarado onde o ar se estende.

 

Estás para os lábios, como o anseio que seduz;

mas ninguém te toca para sua espera acalmar,

porém todos te gostam quando a sede acende.

 

Ilustração: Beleza da Caatinga.

No comments: