Friday, March 15, 2024

Uma poesia de Kim Addonizio que vai passar



THIS TOO SHALL PASS

Kim Addonizio

was no consolation to the woman

whose husband was strung out on opioids.

 

Gone to a better place: useless and suspect intel

for the couple at their daughter’s funeral

 

though there are better places to be

than a freezing church in February, standing

 

before a casket with a princess motif.

Some moments can’t be eased

 

and it’s no good offering clichés like stale

meat to a tiger with a taste for human suffering.

 

When I hear the word miracle I want to throw up

on a platter of deviled eggs. Everything happens

 

for a reason: more good tidings someone will try

to trepan your skull to insert. When fire

 

inhales your house, you don’t care what the haiku says

about seeing the rising moon. You want

 

an avalanche to bury you. You want to lie down

under a slab of snow, dumb as a jarred

 

sideshow embryo. What a circus.

The tents dismantled, the train moving on,

 

always moving, starting slow and gaining speed,

taking you where you never wanted to go.

ISTO TAMBÉM DEVE PASSAR

não há consolo para a mulher

a qual o marido usa drogas ou se vicia em opioides.

 

Foi para um lugar melhor: inúteis e suspeitas informações

para o casal no funeral da filha

 

embora existam lugares melhores para estar

do que uma igreja gelada, de pé em fevereiro

 

diante de um caixão com uma princesa de motivo.

Alguns momentos não podem ser facilitados

 

e não adianta oferecer clichês como obsoleta

carne para um tigre com gosto de sofrimento humano.

 

Quando ouço a palavra milagre tenho vontade de vomitar

numa travessa de ovos apimentados. Tudo acontece

 

por uma razão: mais boas notícias alguém irá tentar

para escalar seu crânio para inserir. Quando fogo

 

inalar sua casa, você não se importará com o que o haicai diz

sobre ver a lua nascente. Você quer

 

uma avalanche para enterrar você. Você quer deitar

debaixo de uma placa de neve, mudo como um abalado

 

embrião secundário. Que circo.

As tendas desmontadas, o trem seguindo em frente,


sempre em movimento, começando devagar e ganhando 

velocidade, levando você aonde você nunca quis ir.

Ilustração: O Tempo.

 


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