Que a amava e a odiava sentia
Ao vê-la, em outros braços, bela
E não olhava para ela nem podia
Cometer os gestos de carinho
Que tremiam em suas mãos paradas.
Onde há mulher- se consolou
Em dizer- há sempre pancadas,
Mas não tinha desejo de bater.
Sentiu somente tal ciúme
Que nem em álcool o afogou
Porque, acima de tudo, o perfume
Dela trazia doces recordações
Enquanto seu sorriso bailava
Nos líquidos, nos copos, nas telas
E em outros corpos que tocava
Como se tudo viesse dela, só dela.
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