Mergulhar não! É na superfície
Que as coisas estão. E o fundo
É cheio de pedras, sentidos,
sentimentos traiçoeiros
Que se escondem na profundeza
Abissal. O sofrimento, a dor,
Sempre arrasta para baixo, afunda,
mais funda
Do que deveria ser, sempre propensa
A mais doer, ser mais imensa,
mesmo em mim,
que sou tão covarde.
Que ninguém ouça este segredo
Frágil como louça: do mar
só quero
A brisa, a suavidade, o mistério,
O murmúrio como música
No momento em que a praia
sirva
Como cama ideal de uma noite lasciva!
1 comment:
Sílvio, boa noite, bom dia
tão belo quanto o mar e a brisa marítima é esse poema de amor e medo. Maravilhoso.
Beijos
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